Quito tremeu, mas não foi de emoção. Flamengo e LDU fizeram um primeiro tempo com muita transpiração e pouca inspiração. Se fosse aula de química, a fórmula seria: posse de bola + passes errados + faltas desnecessárias = nada no placar. E foi isso que vimos nos primeiros 45 minutos.
Logo de cara, o Flamengo até tentou dar uma de gringo metido: com De Arrascaeta se metendo no meio da zaga adversária e obrigando Gonzalo Valle a fazer uma baita defesa no reflexo. O uruguaio ainda tomou cartão amarelo por bater boca com a arbitragem — coisa de quem não gosta de perder nem par ou ímpar.
Do lado da LDU, teve pressão no início, muita bola aérea, e várias jogadas ensaiadas que pareceram improvisadas. Alzugaray tentou ser o maestro, mas parecia que tava tocando pandeiro no samba errado — chute na lua, passe pra ninguém, escanteio curto que morreu no pé do marcador.
Rossi, no Flamengo, só precisou sair pra socar uma bola e bater tiro de meta. Teve mais tempo pra admirar a paisagem andina do que defender bola difícil. Já Wesley e Ayrton Lucas, fizeram aquela correria pela ponta, mas no último toque, a bola parecia um sabonete molhado — escorregava e ia pra fora.
O juiz Derlis Lopez foi generoso: deu faltinha, parou o jogo, mas segurou o cartão no bolso até onde deu. Quando De Arrascaeta exagerou, não teve jeito. Era amarelo mesmo. E olha que teve carrinho estilo UFC do Ramirez e do Arce também.
Estatísticas não mentem…
- Posse de bola: LDU 70% x 30% Flamengo
- Finalizações certas: LDU 1 x 2 Flamengo
- Emoção no jogo: Ainda estamos procurando…
Resumo do 1º tempo:
Um jogo truncado, com mais chutão do que construção, e com times que pareceram estar mais preocupados em não levar gol do que em fazer um. A altitude é cruel, mas não justifica o festival de passes errados. Flamengo teve as melhores chances, mas ficou no quase. Já a LDU, jogou com aquele espírito caseiro, mas faltou o arroz e o feijão.
Intervalo quente? Só o mate que o torcedor equatoriano tá tomando. Vamos ver se no segundo tempo alguém resolve jogar bola.