O Castelão virou palco de estreia, nervosismo e redenção juvenil. Num jogo em que parecia que a bola não queria entrar nem com reza forte, coube a Joshua, joia de 17 anos, fazer o que ninguém mais conseguiu: estufar as redes e colocar o Flamengo com um pé nas oitavas da Copa do Brasil.
Foi 1 a 0 magrinho, mas suficiente. E mais importante que o placar foi o recado: no Flamengo de Filipe Luís, a base vai jogar. E, ao que tudo indica, vai decidir também.
Flamengo dominou, mas quem brilhou foi a… paciência
O jogo teve roteiro de filme repetido: Flamengo em cima, chances desperdiçadas, Michael segurando o Belo com uma atuação segura no gol, e a torcida começando a se perguntar se aquela aposta em time misto ia cobrar a conta cedo demais.
Matheus Cunha foi seguro no gol, Allan e Varela correram, João Victor (18) teve chance como titular e até perdeu gol feito. Juninho, que veio do banco, teve a bola do jogo, mas desperdiçou. O script era de frustração — até os 40 do segundo tempo, quando Joshua pegou um rebote e colocou ordem na casa.
Primeiro jogo como profissional, primeiro gol e a manchete garantida. Tá em dia, garoto.
O Belo resistiu — até onde deu
O Botafogo-PB não jogou mal. Aliás, fez o que se esperava: se defendeu com organização, confiou no bom momento do goleiro Michael (que segue segurando tudo que pode), mas faltou perna para sustentar o 0 a 0 até o fim.
O time paraibano vai precisar de um milagre no Maracanã para avançar. Mas se tem uma coisa que a Copa do Brasil adora, é um drama inesperado.
Base rubro-negra dando conta do recado? Temos!
Filipe Luís testou e não se arrependeu. Joshua fez gol, João Victor foi titular e Matheus Cunha segue seguro sempre que é exigido. A vitória pode ter sido magra, mas mostrou que o elenco rubro-negro tem profundidade — e um laboratório promissor para as fases mais apertadas da temporada.
Veredito do Golouco
Não foi um espetáculo, mas foi suficiente. Com time misto e jovens da base decidindo, o Flamengo venceu, convenceu no volume, mas ficou devendo no capricho. E na conta final, sai com vantagem e uma nova promessa para os holofotes: Joshua, nome de joia e faro de artilheiro.
Agora é mirar Cruzeiro, Central Córdoba, Bahia… e, claro, o jogo da volta no Maraca. A temporada é longa, mas a base já mostrou que está pronta para o palco.