Se o Grêmio saiu com a vitória no clássico, os números mostram que o Inter não entregou fácil, não. O Colorado teve mais posse (60%), finalizou mais (14×8), e até levou mais perigo real com 5 chutes no alvo e um xG (gols esperados) de 2.14, contra 1.47 do Tricolor. Mas aí entra o famoso “quem não faz…”.
Na prática, o Grêmio foi letal: com menos a bola no pé, criou as mesmas chances claras (2) e ainda contou com a ajudinha do goleiro adversário, que mandou um gol contra. Enquanto isso, o Inter pecava no capricho. Com um xGOT (gols esperados nas finalizações certas) de 2.59, ficou claro que o gol era questão de detalhe – ou de falta dele.
No toque de bola, o Colorado foi mais eficiente: 81% de acerto nos passes contra 67% do Grêmio, além de dominar o último terço do campo com 72% de acerto por lá. Só que o Grêmio foi mais intenso: ganhou mais duelos (73×56), desarmou melhor (87% de sucesso) e interceptou muito mais (21×7).
Na parte nervosa do jogo, o Tricolor levou a pior: 7 amarelos e 1 vermelho, contra 3 amarelos do Inter. Agressividade tem seu preço, mas parece que no clássico vale tudo – desde que não leve gol.
E no gol? Tiago Volpi brilhou: evitou 1.59 gols com 4 grandes defesas. Já Anthoni, do Inter, teve uma noite pra esquecer, com 0 defesas e 1 gol contra. Foi o clássico onde os números explicam bem o placar, mas também deixam claro: o futebol é lindo porque nem sempre a matemática vence.
Por Redação Golouco