Enquanto o rival patinava em Itaquera na “Série B da América”, o Palmeiras enfrentava uma altitude quase desumana em La Paz — e mesmo assim, não perdeu o brilho. Logo aos 19, Flaco López deu aula de oportunismo: roubou na intermediária, driblou o goleiro fora da área e tocou pro gol vazio. O tipo de lance que até o VAR aplaude. 1 a 0 e o Bolívar já parecia sem ar.
O Verdão não se empolgou. Soube que o segundo tempo ia cobrar a conta do oxigênio e jogou com inteligência. Quando atacava, era direto e incisivo. Quando recuava, era consciente. Weverton salvou uma testada boliviana aos 38, e aos 45 veio o presente: Flaco puxou o contra, Facundo serviu de garçom e Estêvão, o aniversariante, marcou o 2 a 0 com frieza de veterano. Um golaço coletivo.
O intervalo chegou como um alívio — mas quem conhece La Paz sabe que o pesadelo sempre vem no segundo tempo. E veio. Os bolivianos voltaram pressionando e, aos 55, Fábio Gomes aproveitou cruzamento na pequena área e descontou. A falha dividida entre zaga e goleiro colocou fogo no jogo. Estêvão saiu machucado logo depois, dando lugar a Maurício.
O sufoco aumentou aos 68: outro cruzamento, outra cabeçada do mesmo Fábio Gomes e o empate boliviano. O Palmeiras sentiu, mas não caiu. Quatro minutos depois, Maurício apareceu na área e, após desvio de Facundo, mandou pra rede: 3 a 2. O futebol, que seria injusto com um empate, sorriu de novo pro time de Abel Ferreira.
Com vantagem retomada, Abel mexeu no time com precisão cirúrgica: Benedetti entrou pra fortalecer a defesa, Felipe Anderson pra dar gás na reta final, e o Verdão voltou a controlar as ações. Weverton fez mais uma defesa crucial e o time segurou a pressão final como quem já passou por isso mil vezes.
Fim de papo: Palmeiras 100%, líder, experiente, cascudo. Sofreu? Sim. Mas quem não sofre em La Paz, que atire o primeiro oxigênio. O importante é que os três pontos vieram na mala e o Verdão segue forte rumo às oitavas.
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Por Redação Golouco