Bahia pressiona, mas esbarra em Mejía e vacila na defesa: derrota amarga por 3 a 1 para o Club Nacional

O Bahia até tentou. E tentou muito. Criou, finalizou, martelou a defesa uruguaia até o último minuto — mas parou em uma verdadeira muralha chamada Luis Mejía. Do outro lado, o Club Nacional soube ser letal: em três chegadas claras, três gols, e uma lição de eficiência. No fim, um 3 a 1 que castiga a ousadia tricolor e expõe as fragilidades de um time que ainda busca equilíbrio entre proposta ofensiva e solidez defensiva.

Primeiro tempo: Bahia começa melhor, mas perde intensidade

O jogo começou com o Tricolor baiano tomando iniciativa, pressionando a saída de bola e tentando envolver o adversário com toques rápidos. Jean Lucas abriu o placar aos 47’ da primeira etapa com um golaço: recebeu de Willian José, driblou e mandou no cantinho. Um gol de quem sabe o que está fazendo.

Mas a alegria durou pouco. Aos 57′, Lucas Morales acertou um petardo de fora da área, sem chances para Marcos Felipe. Tudo igual. O empate deu moral ao Nacional, que até então pouco havia produzido, mas começou a explorar os espaços deixados pelo Bahia.

Segundo tempo: Club Nacional mostra eficiência, Bahia mostra desespero

Com o jogo aberto, o Bahia seguiu pressionando. Willian José teve chances claras — de cabeça, de pé, de perto, de longe. Rodrigo Nestor quase marcou de fora da área. Mas ninguém conseguiu superar Mejía, que fez pelo menos quatro defesas salvadoras nos acréscimos, em uma atuação de gala.

O problema? Lá atrás, o Bahia se perdeu. Aos 69’, Nicolás López virou o jogo após jogada de Villalba. E aos 86′, em uma falha bizarra da defesa, Julian Millan empurrou para o gol após uma entrega de bandeja de Villalba: 3 a 1.

Destaques da partida

Craque do jogo: Luis Mejía – incontestável. Parou o Bahia com defesas à queima-roupa, reflexos rápidos e leitura de jogo.

Gols:

  • Jean Lucas (47′)
  • Lucas Morales (57′)
  • Nicolás López (69′)
  • Julian Millan (86′)

Decepção: Zaga do Bahia – mesmo com bom volume ofensivo, a defesa foi lenta, mal posicionada e facilitou a vida do ataque uruguaio.

Estratégia de Ceni: Apostou em troca intensa de passes e posse de bola, mas pecou nas substituições tardias e na cobertura defensiva.

Resumo Final

O Bahia teve mais volume de jogo, mais escanteios, mais finalizações, mas saiu de campo com a pior estatística de todas: a derrota. O Club Nacional, experiente e frio, jogou no erro do adversário e foi embora com três pontos na bagagem. Rogério Ceni tem muito a corrigir, principalmente no setor defensivo. A torcida, por sua vez, aplaudiu o esforço, mas sai frustrada com o resultado.

Nota da partida: 7,5/10 — Jogo aberto, chances claras, goleiro inspirado e um castigo duro para quem ousou atacar.